A Pedra do Ingá é um monumento
arqueológico, identificado como “itacoatiara”, constituído por um terreno
rochoso que possui inscrições rupestres esculpidas em baixo-relevo, localizado
no município brasileiro de Ingá no estado da Paraíba.
A origem do termo “Itacoatiara” vem
do Tupi. É uma forma aportuguesada de “Ita”, que quer dizer “pedra” e “kwatia”,
que significa “riscada” ou “pintada”, isso porque os índios Cariris, quando
indagados pelos colonizadores europeus sobre o que significavam os sinais
inscritos na rocha, usaram esse termo para se referir aos mesmos.
A formação rochosa em gnaisse cobre
uma área de cerca de 250 m². No seu conjunto principal, um paredão vertical de
46 metros de comprimento por 3,8 metros de altura, e nas áreas adjacentes, há
inscrições cujos significados são desconhecidos. Neste conjunto estão talhadas
em baixo relevo, figuras diversas, que sugerem a representação de animais,
frutas, humanos e constelações como a de Órion.
O Sítio arqueológico fica a 109 Km de
João Pessoa e 38 Km de Campina Grande. O acesso ao município dá-se pela BR 230,
onde há uma entrada para a PB 90, na qual após percorrer 4,5 Kms, chega-se ao
núcleo urbano da cidade. Atravessando a avenida principal da cidade,
percorre-se mais 5 Kms, por estrada asfaltada, até se chegar ao Sítio
Arqueológico da Pedra do Ingá, onde há um prédio de apoio aos visitantes, com
banheiros e instalações de um museu de História Natural, com vários fósseis e
utensílios líticos, que foram encontrados na região onde hoje fica a cidade.
O Sítio Arqueológico está numa área
outrora privada, que foi doada ao Governo Federal brasileiro e posteriormente tombada
como monumento nacional pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (Iphan), a Pedra do Ingá com suas inscrições rupestres, agora está
entre os seis bens culturais foram incluídos pela Organização das Nações Unidas
para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) na Lista Indicativa brasileira
do Patrimônio Mundial. A inclusão do sítio arqueológico foi solicitada pelo
IPHAN. O sítio das Itacoatiaras do Rio Ingá congrega o mais representativo
conjunto conhecido desse tipo de gravura no Brasil, que se notabiliza pelo uso
quase exclusivo de representações não figurativas na composição de grandes
painéis de arte rupestre, exprimindo o gênio criativo de um grupo humano que se
apropriou de padrões estéticos abstratos como forma de expressão, e
possivelmente, de conceitos simbólico-religiosos, diferentemente de outras
culturas que, em sua maioria, utilizaram-se de representações antropomórficas e
zoomórficas.
Infelizmente os poucos os petróglifos
da Pedra do Ingá vem sofrendo depredações devido à destruição causada pela ação
da natureza e principalmente humana; no painel inferior, no painel central,
apresentam danos que corroeram as gravuras da Pedra do Ingá, auxiliando, assim,
para destruição deste patrimônio nacional, que deve ser preservado a todo custo
para que as futuras gerações vejam o que os antepassados do Brasil foram
capazes de realizar com materiais tidos como inadequados para a confecção
destas gravuras. Tendo em mente que o Ingá não é só um bem nacional e sim
mundial que devido à riqueza de seus símbolos e a complexidade que foram
feitas, estes petróglifos devem ser apresentados a todo o mundo, mostrando
assim a habilidade artística que nossos antepassados apresentavam durante a
Pré-História.
Nenhum comentário :
Postar um comentário