As duas maiores atrocidades humanas da história completam 70 anos, no dia 6 em Hiroshima e 9 de agosto em Nagasaki.
A primeira explosão de uma bomba atômica na história da
humanidade aconteceu no dia 6 de agosto de 1945, uma segunda-feira. A bomba foi
lançada sobre o centro da cidade de Hiroshima às 8h15 da manhã. Como o horário
comercial começava às 8h da manhã, muitas pessoas foram atingidas em fábricas e
escritórios. A bomba, chamada pelos norte-americanos de Little Boy, continha 50
quilos de urânio 235, com potencial destrutivo equivalente a 15 mil toneladas
de TNT. O calor liberado pela bomba foi de 100 calorias/cm² no grau zero, 56
calorias/cm² a 500 metros e 23 calorias/cm² a mil metros do centro da explosão.
Nagasaki foi atingida no dia 9 de agosto, às 11h02 da manhã.
Inicialmente o plano do exército americano era de jogar a bomba sobre Kokura,
Fukuoka. Mas o tempo nublado impediu que o piloto visualizasse a cidade, e
decidiu-se pela segunda opção. Nagasaki não era considerado um alvo ideal
porque é rodeada por montanhas, o que diminuiria o poder destrutivo. A bomba,
chamada Fat Boy, era de plutônio 239, com potência equivalente a 22 mil
toneladas de TNT, ou seja, 1,5 vez mais potente que a bomba jogada sobre
Hiroshima. Como a bomba foi jogada às pressas, sem ter um alvo definido, o
centro da explosão ficou a 3 quilômetros do centro da cidade.
Hoje, as ruínas do edifício comportam o Memorial da Paz, que
é visitado por cerca de 11 milhões de pessoas todos os anos. Desse total, 650
mil correspondem a turistas de fora do Japão.
"Por muito tempo eu não tive vontade de visitar o
prédio. Quando ele recebeu o título da Unesco é que pensei em voltar ao local.
Mas, mesmo assim, ainda não queria ver o prédio destruído", lembra Kimie
Mihara, de 89 anos, que, apesar de possuir uma aparência frágil, demonstra
muita lucidez.
Em 1961, a prefeitura de Hiroshima decidiu manter as ruínas
do prédio como uma lembrança daquele triste momento, e, em 1996, a edificação
histórica recebeu o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, da Unesco,
como forma de chamar a atenção do mundo para a necessidade de paz e de acabar
com as armas nucleares.
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