Nefertiti
(1380 - 1345 a.C.) foi uma rainha da XVIII dinastia do Antigo Egipto, esposa
principal do faraó Amen-hotep IV, mais conhecido como Akhenaton.
A
influente esposa citada nos discursos do faraó – fato raríssimo para a época e
que mostra a importância da rainha – era Nefertiti.
Não se sabe exatamente quando nem onde Nefertiti nasceu.
Nefertiti
(que significa “é chegada a bela”) só passou a existir oficialmente após seu
casamento com Amenhotep IV. Ela
tinha 14 anos. Foi quando começou a aparecer nas inscrições em estelas e
talatats, pequenos blocos de pedra na base das construções egípcias. São comuns
estelas nas quais Nefertiti aparece ao lado do marido com suas filhas (eram
seis ao todo). Cenas inéditas de carinho e intimidade familiar são mostradas.
Nefertiti
O jovem
faraó tinha duas esposas, mas a principal, a que possuía o título de Grande
Esposa Real, era Nefertiti. Ao longo do tempo, sua influência só foi
aumentando. Na implementação da nova religião, Nefertiti teve um papel
fundamental. Esse crescimento pode ser visto nas imagens da rainha gravadas nas
paredes dos templos em Amarna – que fica a 590 quilômetros do Cairo. No começo,
Nefertiti aparece bem menor que Akhenaton. Com o passar dos anos, ela vai
ficando cada vez maior, até alcançar o tamanho do marido – uma indicação de que
seu status também foi aumentando..
O
crescimento atípico da rainha é normalmente associado ao seu papel na nova
religião criada pelo marido. Pela primeira vez, o deus egípcio era único. Até
então, a religião do Egito era baseada no culto a diversos deuses, cujos
representantes na Terra eram os próprios faraós. A origem da crença remonta à
Pré-História, quando tribos locais adoravam deuses e animais. Vários deuses
eram cultuados, mas um de cada vez – o que era conhecido como monolatria.
Amenhontep IV
Quando
ainda se chamava Amenhontep IV, o faraó já dava indícios de sua nova fé:
começou a levantar templos para Aton na cidade de Karnak, lugar de adoração de
Amon-Rá. Até que oficializou o culto ao disco solar e ordenou o abandono do
antigo deus. No quinto ano de seu reinado, começou a construção da nova
capital, Akhetaton, que ficou pronta três anos depois. A relação com os outros
deuses, a partir de então, estava rompida. Seria como se alguém hoje proibisse
os católicos de adorar seus santos.
“Nefertiti
contava com grande empatia e carisma entre a população, dando alguma
popularidade ao culto de Aton,
combatido pelos poderosos sacerdotes egípcios, que preferiam os deuses
tradicionais”, afirma a historiadora Deborah Vess, da Universidade de Geórgia,
nos Estados Unidos. “Sua beleza, combinada com o poder que ela adquiriu,
tornou-a uma das mulheres mais importantes da história”, diz. As outras rainhas
foram simplesmente
rainhas. Nefertiti não: ela virou uma deusa encarnada.
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