A Batalha Naval do Riachuelo, ou
apenas Batalha do Riachuelo, ocorreu no dia 11 de junho de 1865 e é considerada
uma das mais importantes da Guerra do Paraguai (1864-1870) por historiadores e
militares. O confronto ocorreu às margens do Riachuelo, um afluente do rio
Paraguai, na província de Corrientes, na Argentina. De um lado estavam as
tropas do Paraguai e, do outro, as do Império do Brasil.
Na época do conflito, o acesso aos
rios na região da Bacia do Prata era estratégico, já que não havia estradas por
ali até a segunda metade do século XX. O Paraguai não possuía uma saída direta
ao mar, e a bacia era controlada por Argentina e o Uruguai. Este último, por sua
vez, vivia ameaçado por tropas do Império do Brasil e da Argentina.
Os paraguaios já haviam ocupado áreas
do atual Mato Grosso do Sul, no Brasil, e caso ganhassem a batalha do
Riachuelo, poderiam descer pelos rios e conquistar Montevidéu, no Uruguai, além
de ocupar o atual Rio Grande do Sul.
Para a batalha, a Força Naval
Brasileira contava com nove navios e um total de 2.287 homens, chefiados pelo
Almirante Francisco Manuel Barroso da Silva. No lado do Paraguai, havia oito
navios armados e, aproximadamente, 1200 homens, sob o comando do Comodoro
Mezza.
O confronto iniciou às 8h30 daquele
dia e se encerrou às 17h30, com vitória do Almirante Barroso. A conquista foi
muito importante para a Tríplice Aliança, que passou a controlar os rios da
Bacia do Prata até os limites com o Paraguai, ganhando vantagem logística e
também fechando os acessos paraguaios por aquela rota. Do lado dos derrotados,
foram 351 mortos e 567 feridos, além de quatro navios afundados. Pelo Império
do Brasil, morreram 104 pessoas, outros 142 foram feridos, além de 20
desaparecidos e um navio afundado.
Fonte: History