Assinada em 13 de maio de
1888 pela princesa Isabel, a Lei Áurea, que anunciava o fim do regime
escravocrata no Brasil, foi divulgada pelos partidos abolicionistas e pelos
fazendeiros progressistas que habitavam as províncias. Professores
universitários defensores da liberdade também espalharam o fato, tal como os
principais jornais que defendiam a liberdade: A Gazeta de Notícias, Gazeta
da Tarde, Cidade do Rio e O
Abolicionista. Porém a abolição não foi imediata, pois, no fim do
século 19, as notícias ainda demoravam a se difundir e havia certa resistência
de fazendeiros conservadores, que temiam perder escravos e consequentemente
seus lucros. Sendo assim, foi necessário um tempo para a interiorização da
necessidade de uma relação assalariada de produção. Vale destacar também que,
antes da assinatura da lei, muitos negros já não eram mais escravos. Além das
leis anteriores (a do Ventre Livre e a dos Sexagenários, que libertaram os
nascidos depois de 1871 e os maiores de 60 anos, respectivamente), vários deles
já tinham comprado a própria alforria, pois trabalhavam nas cidades (com a
autorização de seus donos) como escravos de ganho. Outros, ainda, tinham sido
libertados graças às ações de organizações de resistência, que também compravam
cartas de alforria.
Fonte: Revista Escola
Fonte: Revista Escola
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