Malcolm X,
líder religioso e nacionalista afro-americano, foi assassinado em 21 de fevereiro de 1965, no bairro
novaiorquinho do Harlem pela entidade rival Black Muslims (Muçulmanos Negros)
quando discursava para sua organização, a Unidade Afro-americana.
Malcolm
Little nasceu em Omaha, Nebraska, em 1925. Era filho de James Earl Little, um
pregador batista que defendia os ideais nacionalistas dos negros de Marcus
Garvey. Ameaças vindas da organização racista Ku Klux Klan obrigaram a família
a se mudar para Lansing, Michigan, onde seu pai seguiu com seus sermões.
Em 1931, o
pai de Malcolm foi brutalmente assassinado pela Legião Negra, uma entidade que
defendia a supremacia branca. As autoridades de Michigan se recusaram a
processar os responsáveis. Em 1937, Malcolm foi tirado da família por
assistentes sociais. Nessa altura, com idade para começar a cursar o ensino
médio, abandonou a escola e mudou-se para Boston, onde se envolveu cada vez
mais com atividades delituosas.
Malcolm X e Martin e Luther King Jr.
Em 1946, aos
21 anos, Malcolm foi preso, acusado de roubo. Na prisão, se deparou com os
ensinamentos de Elijah Muhammad, o líder da Nation of Islam (Nação do Islã),
cujos membros eram conhecidos como Black Muslims. A Nação do Islã defendia o
nacionalismo negro e o separatismo racial e condenava os norte-americanos
descendentes de europeus como “demônios imorais”. As teses de Muhammad
impressionaram vivamente Malcolm, que resolveu fazer um intenso programa como
auto-didata. Trocou seu sobrenome por um simples “X” para simbolizar o roubo de
sua identidade africana.
Seis anos
depois, Malcolm foi libertado e se tornou ministro da Nação do Islã no Harlem.
Ao contrário de líderes dos direitos civis, como Martin Luther King, Malcolm X
defendia a autodefesa e a libertação dos afro-americanos “por todos os meios
necessários”. Orador fogoso, Malcolm era admirado pela comunidade negra de Nova
York e de todo o país.
Fonte: Operamundi
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