Dois papéis históricos de valor inestimável foram descobertos no
Rio de Janeiro. São os rascunhos que deram origem à bandeira do Brasil,
riscados pelo engenheiro Raimundo Teixeira Mendes em novembro de 1889, após a
Proclamação da República.
Em ambos os papéis
se veem a esfera, as estrelas e os dizeres “Ordem e Progresso”. O primeiro é um
papel milimetrado, que permitiu a Teixeira Mendes posicionar e dimensionar cada
estrela com precisão. O segundo é um papel vegetal, onde estão os traços definitivos.
Os desenhos estavam
na centenária Igreja Positivista, no bairro da Glória, esquecidos dentro de uma
caixa. Foram descobertos por acaso, quando se limpavam os armários do último
presidente da igreja, que morreu em julho. Os papéis estão nas mãos de
restauradores. Quando o trabalho terminar, serão expostos ao público.
— Encontramos um
tesouro que pertence a todos os brasileiros — afirma o atual presidente da
Igreja Positivista, Alexandre Martins.
O material estava na
igreja porque o positivismo exercia forte influência sobre os intelectuais
brasileiros do final do século 19. Criado pelo francês Auguste Comte, o
positivismo faz uso da ciência para explicar o mundo. Hoje ultrapassada, essa
visão era vanguardista para a época.
Foi o positivista
Benjamin Constant, ministro da Guerra do novo regime, que aprovou o desenho de
Teixeira Mendes, também positivista. Amor, ordem e progresso formavam o tripé
da religião.
Fonte: Agência
Senado
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