Político e guerrilheiro brasileiro, o baiano Carlos Marighella foi morto em uma
emboscada em São Paulo, no dia 4 de
novembro de 1969. Marighella iniciou seus estudos em engenharia civil, na
Bahia, mas aos 18 anos despertava para as lutas sociais, filiando-se ao Partido
Comunista. Em 1932, aos 21 anos, foi preso pela primeira vez por causa de um
poema com críticas ao interventor baiano Juracy Magalhães. No meio da década de
30 foi preso novamente após as lutas da Intentona Comunista. Em 1937, por conta
de uma anistia, foi libertado. Contudo, com Getúlio Vargas no poder com o
Estado Novo, o Partido Comunista foi para a clandestinidade. Em 1939, foi
novamente encarcerado. Em 1945, houve uma nova anistia no Brasil, o Partido
Comunista voltou à legalidade e Marighella foi eleito deputado constituinte. A
sua liberdade política, porém, não durou muito.
No governo do general Eurico Gaspar Dutra, em 1946,
o Partido Comunista foi proibido e Marighella teve o mandato cassado. Em 1953,
ele esteve à frente da "Greve dos Cem Mil" e também participou da
campanha "O petróleo é nosso". Durante o governo de João Goulart, o
Partido Comunista voltou à legalidade. Marighella, contudo, divergia da linha
adotada e, em 1962, fundou o Partido Comunista do Brasil - PC do B. Em 1964, com
o golpe militar, voltou a ser perseguido, foi baleado e preso em um cinema no
Rio de Janeiro. Sobreviveu e ficou encarcerado por 80 dias, mas acabou solto
pela ação de um advogado. Marighella também passou a divergir no PC do B e
acabou expulso do partido. Fundou então a Ação Libertadora Nacional-ALN, que
pregava a luta armada. A partir de 1968 participou de ações armadas, como
assaltos a bancos para conseguir fundos para a ALN.
Os integrantes do movimento participaram do
sequestro do embaixador norte-americano
Charles Elbrick, junto com o MR-8. Apontado como inimigo público número um,
ele foi morto em uma emboscada do extinto DOPS (Departamento de Ordem Pública e
Social), em São Paulo, na noite do dia 4 de novembro de 1969.
Fonte: HISTORY
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