Uma das personalidades mais marcantes
do século XX morreu há 45 anos, assassinado por James Earl Ray, a 4 abril de
1968 , quando estava na janela de um quarto de hotel em Memphis, estado do
Tennessee, onde fora para liderar uma marcha de protesto de apoio à greve dos
trabalhadores de recolha do lixo. Ele tinha um sonho. Sacrificou-se em nome
dele e da igualdade racial. Partilhava ideais de justiça, da não violência e
amor ao próximo, inspirado em outro grande mestre da paz, Gandhi.
Martin Luther King Jr. foi
pastor, doutor em teologia e ativista político. Tornou-se um dos mais
importantes líderes do ativismo pelos direitos civis (para negros e mulheres,
principalmente) através de campanhas de não-violência e de amor ao próximo,
influenciado pelas idéias de desobediência civil não-violentas de Mahatma
Gandhi.
O apóstolo da não-violência
sonhava com uma sociedade racialmente igualitária à qual a minoria
afro-descendente estaria plenamente integrada. Sua luta pelos direitos civis,
as manifestações em marchas pacíficas, como a de 25 de agosto de 1963 sobre
Washington que reuniu 250 mil pessoas, despertou a consciência do país para uma
participação enfática na instauração de uma sociedade mais justa. Sua ação lhe
valeu o prêmio Nobel da Paz de 1964.
Pouco depois das 6 horas da tarde
de quatro de abril de 1968, Martin Luther King Jr. foi ferido mortalmente por
uma arma de fogo quando se encontrava na sacada do 2º andar do Lorraine Motel
em Memphis. O líder dos direitos civis estava na cidade para apoiar a greve dos
trabalhadores em serviços sanitários e ia jantar quando um projétil o atingiu
no queixo e rompeu sua medula espinhal. King foi declarado morto logo depois de
sua chegada a um hospital local. Tinha 39 anos.
Ao longo dos anos, o crime foi
por diversas vezes reexaminado e se chegou sempre às mesmas conclusões: James
Earl Ray matou Martin Luther King. Um comitê nomeado pelo Congresso reconheceu
que podia ter havido uma conspiração mas não havia provas para sustentar a
tese. Sobrepondo-se às provas contra ele – impressões digitais no rifle e sua
estada na casa de pensão na noite de 4 de abril, Ray tinha uma razão definitiva
para assassinar King: ódio racial. Ray morreu em 1998.
Fonte:
Opera Mundi - UOL
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