O fim do Homem de Aço
Na noite do dia 5 de março de 1953 a Rádio Moscou transmitiu a notícia da morte do primeiro-ministro e secretário geral do partido comunista da URSS, Josef Stalin, o qual havia sofrido um derrame alguns dias antes e permanecia internado em um hospital da capital soviética. Os médicos e a precária tecnologia da época nada puderam fazer para salvar a frágil vida do imponente ditador, que, aos 74 anos, tinha o corpo devastado pela idade e em nada mais se parecia com o forte homem que havia conduzido a União Soviética à vitória sobre a Alemanha nazista em 1945.
Jossif Djugashvili nasceu na Geórgia em 1879. Filho de pais pobres, estudou
para se tornar teólogo mas, ao se dedicar a aprender os princípios do
socialismo, foi expulso do seminário. Adotou o nome Stalin, que significa
“Homem de Aço”, quando passou a difundir ideias revolucionárias pelas ruas de
Moscou. Junto a Lênin, o maior líder da Revolução Russa de outubro de 1917,
fundou o Partido Comunista, que governou o país após a Guerra Civil (que acabou
em 1918). Stalin se tornou o homem mais importante da Rússia após a morte de
Lênin, em 1924, e desde então conduziu com mão de aço a nação a um destino
muito diferente do que o grande líder revolucionário quisera. Stalin se tornou
um ditador sanguinário ao criar um duro sistema de repressão política, que
acabou por eliminar não somente os seus reais opositores internos, mas qualquer
um que pudesse vir a se constituir em uma ameaça para o ditador. Estima-se que
500 mil “inimigos políticos” tenham sido assassinados durante as mais de duas
décadas de seu governo.
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