Morreu na tarde desta terça-feira
(5), em Caracas, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que governava o país
latinoamericano há 14 anos, onde exercia seu 4º mandato consecutivo. .Vítima de
câncer, o líder teve uma trajetória política marcada por polêmicas e
rivalidades dentro e fora da Venezuela.
Uma frase de Hugo Chávez resume o
que ele representa para a Venezuela e o sentimento de orfandade que milhões de
venezuelanos estão sentindo neste momento em que sua morte é anunciada. Chávez
morreu na tarde de hoje em razão de câncer. Disse ele certa vez:
— Já sei que nunca me irei porque
ficarei para sempre nas ruas e nos povoados da Venezuela, porque Chávez já não
sou eu, Chávez é a pátria.
Se levarmos em consideração a
recente eleição que lhe garantiria o quarto mandato e 20 anos no poder, 55% dos
venezuelanos viam em Chávez um líder messiânico, um homem que se confundia com
a pátria. E até mais: Chávez foi o líder sul-americano que com mais energia se
contrapôs aos Estados Unidos.
Para outros tantos, tratava-se de
um governante autoritário, que flertava com a ditadura, não chegando a tanto
devido a um detalhe: na Venezuela, há eleições (apesar das campanhas desiguais
em razão do uso da máquina pública), há imprensa crítica (apesar das perseguições
e das cassações de licenças, como a da emissora de TV RCTV, crítica ao seu
governo) e há três poderes — apesar de todos terem sido cooptados pela sua
força política.
Desde sua fracassada tentativa
golpista, 20 anos atrás, Hugo Chávez Frías tratou de fazer da sua imagem a
imagem da pátria. Trilhou um caminho rumo ao poder, cujo inimigo mais
contundente foi o câncer que o derrubou.
Fonte: Jornal de Santa Catarina
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